Sistemas Alimentares

Soluções para combater a fome, a obesidade e as mudanças climáticas

Sistemas Alimentares é tudo aquilo que se relaciona com a maneira de se produzir, distribuir, comercializar e consumir alimentos. Construir Sistemas Alimentares saudáveis e sustentáveis significa repensar estes modelos por meio da formulação de políticas públicas que priorizem os direitos humanos ao invés dos interesses corporativos.

O que defendemos

Uma transição urgente para Sistemas Alimentares saudáveis e sustentáveis na América Latina que promovam a saúde das pessoas e a proteção do meio ambiente.

Quais os problemas com os Sistemas Alimentares atuais?

  • Agricultura é o setor que mais impacta e é impactado pelas mudanças climáticas
  • A produção convencional de alimentos é baseada no uso intensivo de agrotóxicos, desmatamento e monocultura, que faz mal à saúde das pessoas e ao planeta
  • Políticas públicas inadequadas incentivam o consumo de ultraprocessados e dificultam o acesso a alimentos saudáveis, provocando a obesidade e outras doenças
  • Interferência da indústria na formulação de políticas públicas e retrocessos de direitos fundamentais
  • Embora o agronegócio siga batendo recordes de produção, mais de 690 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar no mundo – apenas no Brasil são 125,2 milhões
  • Os Sistemas Alimentares atuais colaboram para o avanço da sindemia global, que é caracterizada pela relação das crises globais de fome, obesidade e mudanças climáticas

Fome, Obesidade e Mudanças Climáticas

Vivemos hoje uma sindemia global causada pelas altas taxas de obesidade, desnutrição e pelas mudanças climáticas. Este é o maior desafio atual para a sociedade, o meio ambiente e o planeta – e a solução passa por uma transição dos Sistemas Alimentares.

125,2 milhões em insegurança alimentar

Batendo recordes de produção orientada para as commodities, após dois anos de pandemia, crise econômica e desmonte de políticas voltadas para a segurança e soberania alimentar, o Brasil registrou, em 2022, mais de 125,2 milhões de pessoas em insegurança alimentar, isto é, que têm acesso parcial ou nenhum à comida. Desse total, 33,1 milhões de brasileiras e brasileiros estão passando fome.

FONTE: https://idec.org.br/noticia/em-2022-33-milhoes-de-brasileiros-passam-fome-no-brasil

26,8% da população adulta sofre com a obesidade

26,8% da população adulta está convivendo com a obesidade – o que não significa que sejam pessoas bem alimentadas. São situações antagônicas: a falta de acesso a alimentos e o consumo em excesso de produtos ultraprocessados. Vivemos a junção das epidemias da obesidade, desnutrição e mudanças climáticas, que se inter relacionam e retroalimentam.

FONTE: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/9160-pesquisa-nacional-de-saude.html?=&t=downloads

20% das emissões globais de Gases de Efeito Estufa são geradas pela agricultura

Relatório da FAO revelou em 2016 que, no mundo, a agricultura e o uso da terra contribuíram para, no mínimo, 20% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), principalmente da conversão de floresta em área de pasto e agricultura.

FONTE: http://www.fao.org/3/i6030e/i6030e.pdf

44% do total de emissões no Brasil são provenientes da agricultura

Em 2019, segundo relatório do Observatório do Clima, as mudanças de uso da terra para agricultura no Brasil, com destaque para o desmatamento na Amazônia e no Cerrado para abertura de novas áreas plantáveis, somaram 44% do total de emissões domésticas de GEEs. Entre todos os setores, como indústria, energia e comércio, esta representa a maior parcela de contribuição para o câmbio climático.

FONTE: https://www.oc.eco.br/wp-content/uploads/2019/11/OC_SEEG_Relatorio_2019pdf.pdf

80% Das emissões no Brasil, somando agricultura e pecuária

Se somarmos os setores da agricultura e da pecuária, este casamento correspondeu, entre 1990 e 2018, a uma média de 80% do total de emissões no Brasil.

FONTE: https://www.oc.eco.br/wp-content/uploads/2019/11/OC_SEEG_Relatorio_2019pdf.pdf

18% de queda no PIB mundial

Economicamente falando, os recordes seguidos de safra e produção do agronegócio brasileiro, que em 2020 representaram 26% do PIB brasileiro, devem ser impactados fortemente pelas mudanças climáticas. Em escala global, as estimativas das perdas econômicas futuras causadas pelas mudanças climáticas são de até 18% do PIB mundial, segundo pesquisa do Swiss Re Institute.

FONTE: https://www.swissre.com/media/news-releases/nr-20210422-economics-of-climate-change-risks.html

Esclarecendo argumentos usados pela indústria

O que a indústria te conta:
Qual a verdade?
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Somos a solução para os problemas
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A narrativa criada pelas corporações apresenta as empresas como solução para os problemas de obesidade, fome e mudanças climáticas. No entanto, são justamente essas empresas que colaboram para manter ou agravar estes cenários, produzindo de maneira insustentável e promovendo alimentos não saudáveis.

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Queremos modelos mais sustentáveis
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No geral, as corporações tentam privatizar o que seria uma solução pública para Sistemas Alimentares globais, formatando os modelos de produção e consumo para uma lógica que enfraquece os direitos sociais, a saúde da população e do planeta.

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Nossos alimentos são saudáveis
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A rotulagem adequada dos alimentos é uma bandeira antiga que o Idec levanta para obrigar as empresas a serem claras na informação sobre os ingredientes e fórmulas alimentares, principalmente em produtos ultraprocessados. No entanto, as empresas lutam desesperadamente contra essa iniciativa. Será mesmo que seus alimentos são saudáveis?

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Nós sabemos o que faz bem para você
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Não dá para confiar nossa alimentação somente nas corporações, pois elas deliberadamente influenciam pessoas a consumirem seus produtos, mesmo que estes não sejam saudáveis. A educação alimentar é fundamental para permitir que os consumidores façam escolhas mais saudáveis. As pessoas precisam saber o que estão consumindo livres da desinformação promovida pela indústria de ultraprocessados.

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É defensivo químico
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Não. É agrotóxico. E agrotóxico é veneno. Os malefícios à saúde e ao meio ambiente causados por essas substâncias já foram comprovados e precisamos de mudanças urgentes na lei.

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Assistam nossos comerciais
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As grandes empresas alimentícias, principalmente, promovem a publicidade enganosa e abusiva de alimentos – e muitas vezes para crianças. Capaz de influenciar nossos hábitos e comportamentos, a publicidade ilegal traz impactos a nossa saúde e deve ser controlada.

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Orgânico é mais caro
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De fato, em grandes redes varejistas os preços dos alimentos in natura podem ser menores do que em feiras de agricultores locais, justamente por conta da escala de produção convencional, baseada no uso intensivo de agrotóxico, desmatamento e monocultura. Políticas públicas inadequadas favorecem este tipo de produção e comercialização. Vale lembrar que modelos de produção sustentáveis, como a agroecologia, são comprovadamente praticáveis em larga escala. Seja no mercado, nas escolas e onde for, encontrar mais opções de alimentos a preços acessíveis é fundamental para garantir esse direito.

Publicações

Posicionamentos

Matérias

Iniciativas

Regulação

Revisão da Rotulagem Nutricional de Alimentos

Após uma luta de seis anos e mais de 100 mil assinaturas na nossa petição, novas regras para informação de ingredientes prejudiciais à saúde nas embalagens dos alimentos foram aprovadas pela Anvisa no ano passado.

Saiba mais

Regulação

Banimento da Gordura Trans

Após longo processo regulatório, a Anvisa aprovou no ano passado a norma que define os requisitos para uso de gorduras trans industriais em alimentos e seu banimento.

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Mapeamento de dados

Mapa das Feiras Orgânicas

Nossa ferramenta para que os consumidores encontrem alimentos orgânicos e de base agroecológica, facilitando o acesso de quem procura e ajudando quem vende. Até agora, já são mais de mil iniciativas cadastradas em todo o país.

Saiba mais

Monitoramento

Observatório De Publicidade De Alimentos

Iniciativa do Idec para identificar e denunciar publicidade enganosa e infantil de alimentos, protegendo os consumidores de estratégias de marketing ilegais. Mais recentemente, denunciamos produtos da Nesfit por destacar mel nas embalagens sem ter esse ingrediente na composição.

Saiba mais

Pesquisa científica

Pesquisa Tem Veneno Nesse Pacote

Nosso estudo inédito detectou presença de agrotóxicos em ultraprocessados, reforçando ainda mais os problemas no consumo desse tipo de alimento e cobrando providências das autoridades.

Saiba mais

Campanha

Promoção da Alimentação Saudável e Adequada

Uma de nossas principais missões é informar e educar a população, por isso temos publicações esclarecedoras sobre açúcar, gordura trans, sódio, agrotóxicos, amamentação e diversos temas relacionados ao consumo de alimentos.